SBA defende criação da carreira de estado para médicos novembro 1, 2018 root Uma das propostas previstas no “Manifesto dos Médicos em Defesa da Saúde do Brasil”, documento aprovado no XIII Encontro Nacional de Entidades Médicas (Enem), realizado em junho, em Brasília, é a criação da chamada “Carreira de estado” na área de saúde. A proposta tem o apoio da SBA, que considera a estruturação dessa carreira fundamental para garantir a valorização do médico e o atendimento às populações mais carentes do interior do Brasil. O manifesto assinado por entidades como o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Médica Brasileira (FMB), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) trata de diretrizes que regulam a assistência nas redes pública, suplementar e privada. A “Carreira de estado” está prevista no item “Interiorização da Medicina e Trabalho Médico”. “A criação de uma carreira de estado – sob responsabilidade da União – para os médicos que atuam na rede pública (SUS) deve ser garantida de modo a promover a fixação desses profissionais em todo o território nacional”, afirma o documento. Na avaliação do presidente da SBA, Sérgio Logar, com a estruturação de uma carreira, o médico terá maior incentivo para atuar em uma área distante dos grandes centros. “Com estrutura adequada, sabendo que tem retaguarda e que, no futuro, poderá ser transferido para localidades maiores e até voltar para sua cidade natal, o médico em início de carreira terá incentivos para ir ao interior do Brasil, o que amplia a rede de atendimento às populações mais carentes sem que seja preciso gastar tantos recursos como hoje”, afirma. “Por que hoje temos um auditor da Receita Federal lá no interior e não temos médicos?”, questiona mostrando a consequência da ausência de expectativa de construção de uma carreira sólida na área médica. Logar lembra, ainda, que além da criação da carreira, com progressão funcional e plano de cargos e vencimentos, será necessário estruturar a saúde pública do país, no que diz respeito à parte física e de equipamentos, a partir de um mapeamento das necessidades de cada localidade, aproveitando o que já se tem, melhorando e ampliando a rede de saúde. Além disso, como diz o manifesto, é preciso um programa de educação continuada (presencial e a distância), permitindo a atualização de conhecimentos, o que oferecerá ao usuário do SUS acesso a profissionais permanentemente qualificados. Residência médica Outro item do manifesto destacado pelo presidente da SBA é o que trata do “Ensino e Residência”. O documento afirma que “o processo de formação médica deve ser aperfeiçoado com o fim da abertura desenfreada de novos cursos e vagas em instituições que não possuem condições para funcionamento, cuja existência vitimiza alunos e, posteriormente, a população que ficará à mercê de profissionais sem a devida qualificação”. Para Logar, é necessário que os cursos sejam vistoriados periodicamente e que novos programas de residência médica só sejam autorizados após avaliação rigorosa, dentro de critérios pré-estabelecidos. “As sociedades de especialidades têm um papel importante nesse processo”, aponta. Entre os critérios estabelecidos no manifesto para as residências estão inclusão de disciplinas que valorizem a formação técnica, clínica e deontológica, além de fortalecimento do compromisso social dos futuros médicos com o modelo assistencial brasileiro. As propostas contidas no manifesto das entidades serão negociadas no Congresso Nacional por meio do Instituto Brasil de Medicina (IBDM), entidade que faz a interface com os parlamentares.
Anestesiologistas usam rede virtual para debater especialidade novembro 1, 2018novembro 1, 2018 root A comunicação virtual abre mil e uma oportunidades para a interação profissional. Que o digam os anestesiologistas brasileiros, que se organizam em grupos, seja no Facebook, Telegram, WhatsApp, Evernote ou outras redes sociais. As experiências são as mais diversas: “Nosso grupo existe desde 2011 e já temos mais de 6.500 integrantes, entre profissionais formados ou cursando residência. A grande maioria é de brasileiros, mas há alguns colegas de outros países latino-americanos”, afirma Márcio Lacerda (RJ), um dos administradores do grupo Anestesistas e Anestesiologistas. O grupo fechado no Facebook foi criado por duas anestesiologistas de Pernambuco, Ana Paola Morais Arruda e Maria Cristina Molina, que já deixaram a administração, hoje assumida por Lacerda e seus colegas Richard dos Santos Pereira (RJ/RS) e Carlos Rogério Degrandi Oliveira (SP). Os temas em debate são relacionados à profissão: casos clínicos, questões salariais, condições de trabalho, procedimentos, como cobrar serviços, códigos, ou seja, assuntos do cotidiano e científicos. “No começo havia lazer também, mas decidimos separar as coisas, porque, caso contrário, perderia a razão de ser do grupo”, afirma Lacerda. Algumas discussões são vetadas, como política. “O Brasil está muito polarizado, não entra de jeito nenhum. Outro dia pediram para divulgar propostas para eleição de um conselho regional de medicina, mas preferimos não entrar nesse debate também, porque acaba dando briga. Então, nem política nacional, nem política interna da categoria”, explica Lacerda. Para Richard dos Santos Pereira, outro administrador do grupo, a vantagem das redes sociais é a circulação das informações. “No grupo surge um fórum de discussão instantâneo a partir de uma dúvida, um caso. O artigo que saiu numa revista, uma informação nova, tudo é colocado ali para debate de forma dinâmica. Não substitui outras formas de atualização, mas é um importante lugar de troca de experiências”. Na sua avaliação, a presença de diretores da SBA em grupos como o Anestesistas e Anestesiologistas só vem a acrescentar importância para a discussão. “Como membros da diretoria da SBA, eles captam as angústias e questionamentos e nos dão respostas. Isso é fundamental”, explica Richard. Administrador de grupos nos aplicativos Telegram, WhatsApp e Evernote, Celso Schmalfuss Nogueira (SP) afirma que “o maior objetivo (da interação nas redes) é disponibilizar, de forma contínua e facilitada, conhecimento científico para os colegas que estão iniciando na especialidade e para aqueles que têm dificuldade em participar de eventos científicos”. No Telegram, o maior grupo conta com 5715 participantes. No Evernote participam mais de 4000 pessoas. No WhatsApp os grupos são menores. Nos grupos que administra, predominam como integrantes anestesistas, mas há também médicos de outras especialidades e alguns estudantes de medicina. “Os grupos não são abertos, mas não são hermeticamente fechados. Existem invasões. Mas estamos sempre atentos para intervir”, explica. Entre os assuntos mais discutidos estão questões relacionadas a vias aéreas, anestesia para cirurgia cardíaca, para neurocirurgia e reposição volêmica. Na sua avaliação, as redes são hoje “a forma mais rápida, quase instantânea de troca de conhecimentos e experiências profissionais”. Ele também cita a participação de membros da SBA nos grupos: “podem contribuir com suas opiniões e com material de apoio”. E faz duas sugestões: “Penso que a SBA poderia, além do que dispõe na sua homepage, criar um APP para disponibilizar conhecimento científico de forma continuada e facilitada. Da mesma forma, nas redes sociais já existentes, poderia criar e administrar um grupo que, tenho certeza, seria de excelente qualidade, tendo em vista o grande número de colegas que compõem a diretoria, Comissão Científica, comissões e comitês e que poderiam facilmente alimentar com grande qualidade esta rede”. Grupos para além da discussão sobre anestesia Para além dos debates científicos e profissionais, os anestesiologistas estão nas redes sociais também falando de outros temas. Há grupos sobre viagens e história, por exemplo. Um deles é o Anestesistas pelo Mundo, que na sua descrição diz que é um “grupo de discussão, formado exclusivamente por médicos anestesiologistas e residentes em anestesiologia, para troca de idéias e experiências adquiridas durante as viagens realizadas pelos colegas para qualquer lugar do mundo”. Ali estão dicas de hospedagem, alimentação, hábitos locais, principais pontos a visitar e até mesmo dificuldades encontradas durante as viagens. Anestesistas e Amigos que gostam de História é outro grupo que reúne “quem gosta de história sem ideologias e lê todas as opiniões sem restrições”. Há, ainda, o Projeto História da Anestesiologia que foi criado para coletar fatos relacionados à história da Anestesiologia no Brasil. Ali estão informações sobre pesquisas de medicamentos, equipamentos e registro de anestesistas que fizeram história no país.
Condições de trabalho do médico anestesiologista novembro 1, 2018outubro 7, 2020 root A Constituição Federal de 1988 inseriu em seu texto uma norma de grande valor, ao elevar, à condição de direitos e garantias fundamentais, o princípio da dignidade da pessoa humana, tratando-se de um dos pilares do ordenamento jurídico nacional, como prescreve o seu artigo 1º, inciso III: “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (…) III – a dignidade da pessoa humana;” A dignidade da pessoa humana independe de gênero, sexo, idade, raça, cor, etnia, credo e religião, tratando-se de um direito de todos e de relevância constitucional garantida, surgindo, a partir dele, vários outros direitos, podendo ser destacados o direito à vida, o direito à saúde, o direito à alimentação, à moradia, ao trabalho, à proteção, à segurança, ao lazer, dentre diversos outros. A dignidade vai ainda mais além, pois é ínsita ao ser humano, representando um valor interior inerente a cada indivíduo, que detém, desde o seu nascimento, a dignidade física e psíquica. Por isso, deve ser respeitada em sua integralidade, como valor constitucional supremo de cada indivíduo. Para conhecer o parecer, na íntegra, é necessário realizar seu login, como associado da SBA.
Dano moral x Cancelamento de cirurgia novembro 1, 2018novembro 1, 2018 root Esta Sociedade Brasileira de Anestesiologia – SBA vem, por meio da presente nota, esclarecer aos seus associados alguns aspectos jurídicos relativos à notícia que vem circulando pelas redes sociais, a qual, inadvertidamente, dá a entender que o cancelamento/suspensão de cirurgias daria ensejo à condenação em danos morais para o paciente, constatação que merece alguma reflexão. As publicações, vinculadas pela mídia e difundidas nas redes sociais, referem-se à uma sentença proferida em 29 de maio de 2018, pelo Juiz de Direito da Vara Cível de Serra, no Estado do Espírito Santo, que julgou procedente a Ação de Indenização por Dano Moral ajuizada por uma paciente em face de um hospital da Região, condenado o hospital ao pagamento de R$7.000,00 (sete mil reais) à título de danos morais.Para conhecer a nota, na íntegra, é necessário realizar seu login, como associado da SBA.